27/02/2021_
Das assessorias – O tempo mostrou que a APP-Sindicato estava correta ao defender o ensino remoto, neste momento da pandemia, e ao se posicionar contra o governador Ratinho Júnior (PSD), que vinha mantendo para segunda (1º) a previsão de retomada das aulas presenciais na rede estadual de ensino. Nesta sexta (26), o governo recuou e anunciou lockdown.
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Aula remota – Foto: Divulgação/MCTIC/Brasil de Fato |
Entre as medidas restritivas anunciadas pelo governo do Estado para o período entre 27 de fevereiro e 8 de março está a suspensão de todos os serviços e atividades não essenciais. Isso inclui a suspensão das aulas presenciais em escolas estaduais públicas e privadas, incluindo entidades conveniadas.
Para a APP-Sindicato, a decisão do governador foi tardia. Os números recentes da pandemia já apontavam para o caos. Nesta quinta (25), por exemplo, o Brasil registrou o recorde de 1.582 mortes pela covid-19 em 24 horas. Desse total, 110 óbitos foram registrados no Paraná.
Maringá, que se saiu relativamente bem no primeiro pico da covid-19, vive agora uma situação crítica. Os hospitais públicos e particulares da cidade atingiram a ocupação máxima de leitos destinado à covid-19, o que ainda não havia ocorrido nesta pandemia. Nas cidades vizinhas, que não possuem leitos de unidade de terapia intensiva (UTI), a situação é ainda mais preocupante.
Na quinta, a Secretaria Municipal de Educação informou que o Hospital Municipal havia atingido alarmantes 100% de ocupação. No Hospital Universitário (HU), ligado à Universidade Estadual de Maringá (UEM), os leitos tanto de enfermaria como de UTI para pacientes com covid-19 estavam lotados. Esse mesmo cenário é visto em várias cidades do Paraná.
Na quarta (24) à noite, em reunião com o prefeito de Maringá, Ulisses Maia (PSD), e com representantes da saúde e entidades, a Sociedade Médica de Maringá (SMM) apontou que a pandemia atingiu níveis críticos. A superintendente do HU, Elisabete Kobayashi, disse que, além de a taxa de ocupação da instituição já estar em 100%, 50 pacientes estavam na fila de internação.
Na educação, a situação é igualmente preocupante. Mesmo sem aulas presenciais, escolas estaduais têm enfrentado surtos de covid-19. Segundo levantamento da APP-Sindicato, divulgado em 18 de fevereiro, somente na região de Maringá ao menos nove escolas precisaram ser fechadas após educadores serem contaminados pela covid-19 em treinamento presencial.
Presidente da APP-Sindicato, o professor Hermes Silva Leão disse que volta às aulas, sem a ampla vacinação, seria um atentado à vida. "Se isso [surtos nas escolas] aconteceu desta forma, com a presença de professores e funcionários, imagina quando estiverem os estudantes circulando?", disse.
De acordo com a professora Vilma Garcia, ex-vereadora e presidente da APP-Sindicato em Maringá, não há protocolos suficientes para conter o contágio entre estudantes e profissionais, especialmente no pior momento da pandemia. Essa também é a avaliação de especialistas consultados pelo sindicato.
Para a dirigente da APP Maringá Anunciata Albanêz, a nova cepa do coronavírus (aquela de Manaus) é ainda mais contagiosa, o que eleva o risco de faltarem leitos para o tratamento dos pacientes. "É nesse cenário caótico que o governador Ratinho Junior queria retomar as aulas presenciais", diz Anunciata. "Precisamos de toda a comunidade escolar, pais, mães e alunos, para evitar que isso aconteça após 8 de março", acrescenta.
É nesse ambiente de medo e incertezas que a categoria decidiu, em assembleia realizada pela APP-Sindicato no último dia 17, a realização de greve geral quando foram retomadas as aulas presenciais, caso isso ocorra antes da vacinação dos profissionais da educação. A categoria defende a manutenção das atividades remotas, enquanto não houver condições mínimas de segurança.
☕ Hospital Municipal de Maringá chega a alarmantes 100% de ocupação
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