18/07/2020_
A Câmara de Maringá faz a tradicional pausa regimental do meio de ano. Iniciado após a sessão de terça (14), o recesso parlamentar prossegue até 3 de agosto. À TV Câmara, o presidente da Casa, Mário Hossokawa (PP), fez um balanço do primeiro semestre. A entrevista foi conduzida pela jornalista Célia Polesel, no plenário do Legislativo.
A Câmara de Maringá faz a tradicional pausa regimental do meio de ano. Iniciado após a sessão de terça (14), o recesso parlamentar prossegue até 3 de agosto. À TV Câmara, o presidente da Casa, Mário Hossokawa (PP), fez um balanço do primeiro semestre. A entrevista foi conduzida pela jornalista Célia Polesel, no plenário do Legislativo.
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Mário Hossokawa (PP) fez um balanço do semestre da Câmara – assista aqui |
O primeiro semestre de 2020 foi, seguramente, um dos mais atípicos da história da Câmara de Maringá. Culpa da pandemia no novo coronavírus e de suas consequências. Apesar da baixa na produtividade dos edis, uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) está em curso.
Veja o que disse Hossokawa sobre a alguns dos assuntos abordados na entrevista.
Público
Uma portaria chegou suspender as atividades da Câmara (veja aqui). No retorno dos trabalhos, o acesso ao público foi restrito. Apenas funcionários da Casa e jornalistas puderam acompanhar in loco as sessões. A medida visou a prevenir o contágio pelo coronavírus (covid-19).
"Este primeiro semestre foi atípico. Diante da pandemia, tivemos de mudar totalmente a rotina da Casa. Tivemos de não permitir a presença do público não apenas nas sessões, mas também nos gabinetes dos vereadores, com medo que as pessoas trouxessem a doença para dentro da Casa", disse Hossokawa.
O presidente alegou que manteve sessões presenciais por haver distanciamento entre as mesas dos vereadores e um plenário amplo, além da restrição de acesso do público. Outros vereadores cogitaram a realização de sessões virtuais, para ampliar a prevenção, mas não conseguiram convencer Hossokawa nesse sentido.
Produtividade
Em algumas sessões, a ordem do dia praticamente se limitou ao batismo de logradouros públicos (ruas, ciclovias etc) e a assuntos ligados direta ou indiretamente à covid-19. Segundo Hossokawa, houve uma redução significativa do número de projetos, requerimentos e indicações apresentados pelos vereadores. Isso deve se repetir, segundo ele, no segundo semestre, ainda por causa da pandemia e também pelas eleições.
"Vamos ter bastante trabalho para conter a campanha política nos pronunciamentos e nos gabinetes. Não pode usar a estrutura da Câmara para fins políticos [eleitorais]. Isso pode prejudicar o próprio vereador."
Para Hossokawa, a mudança do dia da eleição – de outubro para novembro –, não fará diferença para os candidatos. Contudo, há a preocupação de que o número de abstenções seja alto, com os eleitores com medo de sair para votar, caso o contágio pelo coronavírus ainda esteja alto.
CPI da Pandemia
Criada para investigar fala do secretário municipal Jair Biatto (Saúde), que disse na tribuna da Câmara que o município paga até três vezes mais que a iniciativa privada por determinados produtos, e que isso seria "normal", a CPI da Pandemia tem o prazo de até 90 dias para concluir os trabalhos.
Segundo Hossokawa, a tendência é que não haja a necessidade de prorrogação. "Pelo que tenho sentido dos membros da comissão, toda a documentação que a Prefeitura enviou e as pessoas que já falaram aqui, não foram encontradas irregularidades. Penso que o secretário usou as palavras incorretas quando veio à Câmara", disse o presidente do Legislativo.
Decretos
Sobre a atuação da administração municipal na pandemia, Hossokawa disse que os vereadores, em sua maioria, não ficaram 100% satisfeitos com as decisões isoladas do Executivo, sem diálogo com os vereadores.
"Não me sinto confortável diante de decisões que o prefeito [Ulisses Maia] tem tomado, porque o reflexo acaba vindo pra cima dos vereadores", disse, citando a manifestação dos donos de bares como exemplo. "Temos de se preocupar com a vida, mas não podemos quebra a economia da cidade", acrescentou.
Segundo Ulisses Maia (PSD), as decisões que basearam os decretos – e que deixaram alguns setores da sociedade descontentes – foram pautadas em critérios técnicos, com o objetivo de salvar vidas. Em contrapartida, nas redes sociais, Hossokawa foi um dos vereadores a defender o uso de um medicamento sem eficácia comprovada contra a covid-19.
Ivermectina
Na sexta (17), a Folha de S.Paulo informou que o médico Joaquim Inácio Melo Júnior, que defendeu na televisão o uso da ivermectina contra a covid-19, foi internado na UTI com a doença. Em nota, a Anvisa esclareceu que não existem estudos conclusivos sobre a ivermectina contra a covid-19, e que cabe apenas ao médico a prescrição desse medicamento.
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