13/08/2020_
É bastante curiosa a aversão dos governos extremistas aos livros. Os ataques são os mais variados, indo da taxação à destruição. Na Alemanha nazista, houve o triste episódio da queima de livros. Na China comunista, até hoje títulos que critiquem o regime são proibidos de circular no país. No Brasil, o governo Bolsonaro surgiu com a ideia de tributar os livros.
É bastante curiosa a aversão dos governos extremistas aos livros. Os ataques são os mais variados, indo da taxação à destruição. Na Alemanha nazista, houve o triste episódio da queima de livros. Na China comunista, até hoje títulos que critiquem o regime são proibidos de circular no país. No Brasil, o governo Bolsonaro surgiu com a ideia de tributar os livros.
A tributação sugerida pelo ministro Paulo Guedes (Economia) só não é pior que a justificativa para defender a medida: "o livro é um produto de elite, logo, quem compra pode pagar um preço maior". Agora, só falta mesmo queimar livros.
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Queima de livros na praça da Ópera, em Berlim, em 1933 |
Ricos
Economista aposentado da Universidade Estadual de Maringá, o deputado federal Enio Verri (PT) criticou a proposta e o argumento de Guedes. "Ele não fala nada sobre tributar lucros, dividendos, e sobre tributar as grandes riquezas", disse o deputado (assista aqui).
IGF
A proposta de Enio Verri, sobre tributar os mais ricos, não é novidade. Dos 13 impostos criados pela Constituição Federal de 1988 (sete federais, três estaduais e três municipais), o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) é o único deles que ainda não foi instituído por lei complementar (veja aqui). No país das desigualdades, taxar livros pode; cobrar o IGF ou cobrar IPVA de jatinho e iate, nem pensar.
Camaleão
Novo líder do governo na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros (PP) já demonstrou alta capacidade de adaptação às ideologias políticas que ocupam o poder: ele já foi líder do governo FHC (PSDB, de direita) e vice-líder nos governos Lula e Dilma (ambos do PT, de esquerda) – tendo votado depois pelo impeachment de Dilma. Agora, apoiará Bolsonaro (extrema-direita). Quase um camaleão.
Desafio
Num gesto expressivo de aproximação com o centrão, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) precisa da experiência de Barros – um notório articulador político – para ampliar suas bases na Câmara. Sem uma base mínima, seria questão de tempo para sair da gaveta algum pedido de impeachment de Bolsonaro, acusado de crime de responsabilidade e de crimes contra a saúde pública. Barros tem experiência na função, mas não será um desafio fácil.
Meme
Rony
O jornalista Rogério Fischer, jornalista dos bons e palmeirense de carteirinha, está achando que a vacina contra a covid-19 vem antes do gol do Rony. Também acho. Ouvi dizer que Fischer chegou a perder a voz, tamanha a comemoração com o título do Verdão no Paulistão.
Vacina 1
Nespa pandemia, a volta à normalidade só será possível quando a contaminação pelo novo coronavírus (covid-19) estiver controlada. Em outras palavras, só quando tivermos vacina. Por isso, deu o que falar o registro "surpresa" da vacina russa Sputnik V. O governo do Paraná não perdeu tempo e já assinou um protocolo de intenções com a Rússia para testar e produzir a vacina no Tecpar (leia aqui).
Vacina 2
O registro da vacina russa tem tudo a ver com a corrida espacial da Guerra Fria. Enquanto os Estados Unidos faziam a maior propaganda dos seus atos, quando menos esperavam, a União Soviética foi lá e pimba: colocou em órbita o primeiro satélite da história, o Sputnik. Na pandemia, ninguém esperava que viesse da Rússia a primeira vacina registrada contra a covid-19.
Vacina 3
Alguns governos, incluindo o dos EUA, acusaram a Rússia e espionagem na corrida pela vacina contra a covid-19. Não ficaria surpreso se isso for mesmo verdade. Há quem diga que espião bom é espião russo. Para nós, moradores da periferia global, o que importa mesmo é ter logo a vacina. Só assim voltaremos à normalidade.
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