Com CUT e TVT – Os impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus (covid-19) devem ser combatidos com justiça social e senso econômico. A análise é do economista Ladislau Dowbor, que defende a tributação sobre as grandes fortunas no Brasil.
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Economista Ladislau Dowbor, da PUC-SP – Reprodução: TVT |
Entre todos os tipos de tributos vigentes no país, são 13 os impostos criados pela Constituição Federal de 1988: sete federais, três estaduais e três municipais. O Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) é o único deles que ainda não foi instituído por lei complementar. Segundo Dowbor, precisa ser.
Professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Dowbor diz que o melhor caminho para angariar os recursos necessários para superar a crise causada pelo coronavírus é taxar as grandes fortunas. "Se não taxar o 1% mais rico, se não fizer eles pagarem uma parte da crise, não funciona. Tem que buscar o dinheiro onde ele está", explica o economista.
Dowbor diz que o problema básico é que lucros e dividendos (lucro que cai no bolso do grande empresário) não pagam imposto. Pouquíssimos países não cobram impostos sobre os dividendos. "Não é questão de aumentar impostos, é uma questão de justiça social e bom senso econômico", comenta.
Autor o livro "A Era do Capital Improdutivo", o professor diz que a falta da cobrança do IGF gera uma evasão fiscal de mais de R$ 500 bilhões dos mais ricos. Enquanto isso, os assalariados são tributados na fonte.
Petição
O Brasil está entre os dez países mais desiguais do mundo. Isso significa que um número bem pequeno de brasileiros tem muito mais dinheiro do que toda a classe média, os trabalhadores e os pobres juntos. Além disso, esses super-ricos pagam muito pouco ou quase nada de imposto.
Para corrigir essa injustiça social, há vários movimentos na internet propondo a taxação das grandes fortunas, por meio da instituição do IGP. Um desses movimentos se chama "Taxar fortunas para salvar vidas". Veja aqui como assinar a petição.
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