02/04/2020
Deveria existir, no Brasil, uma maneira mais efetiva para punir quem espalha fake news que causam pânico e que coloquem as pessoas em risco em meio à pandemia. Uma legislação específica, contra a impunidade, talvez inibisse o compartilhamento das notícias falsas. A situação é tão grave que na África do Sul, por exemplo, foi aprovada lei para punir com multa ou prisão (ou ambos) quem dissemina boatos nas redes sociais.
O lado positivo das fake news de WhatsApp e outras redes sociais é que elas, via de regra, deixam rastros, gerando provas contra o mentiroso. Outra boa notícia: a polícia já tem aproveitado isso para enquadrar essas pessoas, especialmente aquelas que mentem de forma intencional. Essas ações são fundamentais para reduzir a sensação de impunidade, de que a internet é terra de ninguém. Pelo contrário, as leis também se aplicam à infrações cometidas no meio digital.
Ceasa de Minas I
Um dos casos mais recentes ocorreu em Minas Gerais. A Polícia Civil não tardou a descobriu o autor daquele vídeo fake sobre o completo desabastecimento da Ceasa de Contagem, na grande Belo Horizonte. "Temos imagens do sistema de segurança interna da Ceasa, do horário em que ele fez o vídeo, que provam que a Ceasa funcionava normalmente no momento da filmagem", disse o delegado que investiga o caso, em entrevista à CBN (ouça aqui).
Ceasa de Minas II
O mentiroso – que usou da fake para atacar o isolamento social – vai responder por infração presente na Lei de Contravenções Penais por ter provocado alarme ao anunciar desastre ou perigo inexistente, produzindo pânico ou tumulto. A pena prevista é de 15 dias a seis meses de prisão ou multa. Ainda é pouco. A pena devia ser proporcional ao quanto a fake news viralizou. E essa aí circulou pra caramba. Tem de doer no bolso, no mínimo.
Péssimo exemplo
Quem compartilha as fake news dá um péssimo exemplo e presta um desserviço em especial nos casos de saúde pública. Foi o que fez o presidente Jair Bolsonaro, que divulgou em seu Twitter o boato sobre a Ceasa de Minas, e depois apagou o tuíte. Segundo advogado ouvido pela CBN, pessoas que compartilham mentiras nas redes sociais também podem ser responsabilizadas.
Faça a sua parte
Além de não compartilhar nada sem checar, ajude a imprensa a desmentir os boatos. Quando você se deparar com a notícia falsa, busque nos sites de fact-checking (veja sete deles aqui) para rebater o boato. Mas se prepare: ao invés de um obrigado, você provavelmente vai ouvir alguma ofensa do irresponsável que divulgou a fake news.
Ministério da Saúde
Especificamente sobre as fake news relacionadas à covid-19, o Ministério da Saúde criou uma página com várias dicas e desmentidos. Vale a pena dar uma olhada nessa página todo dia.
A pandemia da gripe espanhola, em 1918, deixou um rastro de 50 milhões de mortes. Pessoas já se protegiam com máscaras naquela época. O curioso é que, sem muito conhecimento científico sobre o vírus, as pessoas também procuraram proteger seus animais de estimação com máscaras adaptadas para eles. Veja mais fotos aqui.
Mortes no Brasil
Com 58 novas mortes pela covid-19 em 24 horas, o Brasil alcançou o número de 299 óbitos nesta quinta (2). O total de casos confirmados chega a 7.910, de acordo com boletim do Ministério da Saúde. Contudo, muitos testes de pessoas que morreram com a suspeita da doença ainda não foram concluídos. A situação, infelizmente, é bem mais grave do que os números oficiais revelam.
Paraná
Uma nova morte pela doença foi confirmada, nesta quinta, em Campo Mourão. Assim, sobre para quatro os óbitos por covid-19 no Paraná, que tem 258 casos confirmados. De acordo com autoridades locais, a morte do homem de 72 anos anos ocorreu na terça-feira (31), e o resultado positivo era aguardado. Leia mais no portal i44news.
Maringá e Sarandi
A cidade tem dois óbitos causados pelo novo coronavírus. De acordo com o boletim da Prefeitura, divulgado no fim da tarde desta quinta, são 22 casos positivos, 49 pessoas internadas e 513 casos suspeitos. Com um caso confirmado e seis suspeitos, Sarandi prorrogou a quarentena até 17 de abril. Está certo, o melhor é prevenir.
Na UTI
O ex-secretário municipal José Eudes Januário está internado na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Maringá (HMM) com suspeita de coronavírus. Segundo pessoas próximas, ele precisou ser entubado e sedado, e o quadro é considerado grave, mas estável. Toda nossa torcida e orações pelo Eudes. Leia mais aqui.
Missa divertida
Segundo as recomendações para evitar aglomerações, muitos religiosos têm celebrado cultos e missas pela internet. É um alento para quem tem fé. E se a fé pode mover montanhas, como diz a Bíblia, por que não haveria de nos conformar nesta pandemia? E se a missa for divertida, melhor ainda. Foi o que ocorreu com o padre que esqueceu o filtro do Instagram ligado. Vejam:
Cestas básicas
A Associação dos Docentes da UEM (Aduem) está em campanha para arrecadação de materiais hospitalares para o Hospital Universitário de Maringá (HUM) e cestas básicas para famílias em vulnerabilidade social. A iniciativa surgiu no contexto da pandemia da Covid-19, em que diversas famílias estão financeiramente prejudicadas e sem ter o que comer nos próximos dias. Para mais informações sobre como doar e sobre a campanha, clique aqui.
>>> Saiba mais sobre o colunista
>>> Veja os destaques dos demais colunistas
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>>> Sobre o Jornalista
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>>> Maringá
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>>> Economia
>>> Geral
>>> Entrevistas
>>> Artigos
>>> Imprensa
* Matérias e opiniões publicadas no Café com Jornalista estão compreendidas pela atividade jornalística e amparadas pela liberdade de imprensa e de expressão. (Do editor)
Deveria existir, no Brasil, uma maneira mais efetiva para punir quem espalha fake news que causam pânico e que coloquem as pessoas em risco em meio à pandemia. Uma legislação específica, contra a impunidade, talvez inibisse o compartilhamento das notícias falsas. A situação é tão grave que na África do Sul, por exemplo, foi aprovada lei para punir com multa ou prisão (ou ambos) quem dissemina boatos nas redes sociais.
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Ceasa de Minas I
Um dos casos mais recentes ocorreu em Minas Gerais. A Polícia Civil não tardou a descobriu o autor daquele vídeo fake sobre o completo desabastecimento da Ceasa de Contagem, na grande Belo Horizonte. "Temos imagens do sistema de segurança interna da Ceasa, do horário em que ele fez o vídeo, que provam que a Ceasa funcionava normalmente no momento da filmagem", disse o delegado que investiga o caso, em entrevista à CBN (ouça aqui).
Ceasa de Minas II
O mentiroso – que usou da fake para atacar o isolamento social – vai responder por infração presente na Lei de Contravenções Penais por ter provocado alarme ao anunciar desastre ou perigo inexistente, produzindo pânico ou tumulto. A pena prevista é de 15 dias a seis meses de prisão ou multa. Ainda é pouco. A pena devia ser proporcional ao quanto a fake news viralizou. E essa aí circulou pra caramba. Tem de doer no bolso, no mínimo.
Péssimo exemplo
Quem compartilha as fake news dá um péssimo exemplo e presta um desserviço em especial nos casos de saúde pública. Foi o que fez o presidente Jair Bolsonaro, que divulgou em seu Twitter o boato sobre a Ceasa de Minas, e depois apagou o tuíte. Segundo advogado ouvido pela CBN, pessoas que compartilham mentiras nas redes sociais também podem ser responsabilizadas.
Faça a sua parte
Além de não compartilhar nada sem checar, ajude a imprensa a desmentir os boatos. Quando você se deparar com a notícia falsa, busque nos sites de fact-checking (veja sete deles aqui) para rebater o boato. Mas se prepare: ao invés de um obrigado, você provavelmente vai ouvir alguma ofensa do irresponsável que divulgou a fake news.
Ministério da Saúde
Especificamente sobre as fake news relacionadas à covid-19, o Ministério da Saúde criou uma página com várias dicas e desmentidos. Vale a pena dar uma olhada nessa página todo dia.
História
A pandemia da gripe espanhola, em 1918, deixou um rastro de 50 milhões de mortes. Pessoas já se protegiam com máscaras naquela época. O curioso é que, sem muito conhecimento científico sobre o vírus, as pessoas também procuraram proteger seus animais de estimação com máscaras adaptadas para eles. Veja mais fotos aqui.
Mortes no Brasil
Com 58 novas mortes pela covid-19 em 24 horas, o Brasil alcançou o número de 299 óbitos nesta quinta (2). O total de casos confirmados chega a 7.910, de acordo com boletim do Ministério da Saúde. Contudo, muitos testes de pessoas que morreram com a suspeita da doença ainda não foram concluídos. A situação, infelizmente, é bem mais grave do que os números oficiais revelam.
Paraná
Uma nova morte pela doença foi confirmada, nesta quinta, em Campo Mourão. Assim, sobre para quatro os óbitos por covid-19 no Paraná, que tem 258 casos confirmados. De acordo com autoridades locais, a morte do homem de 72 anos anos ocorreu na terça-feira (31), e o resultado positivo era aguardado. Leia mais no portal i44news.
Maringá e Sarandi
A cidade tem dois óbitos causados pelo novo coronavírus. De acordo com o boletim da Prefeitura, divulgado no fim da tarde desta quinta, são 22 casos positivos, 49 pessoas internadas e 513 casos suspeitos. Com um caso confirmado e seis suspeitos, Sarandi prorrogou a quarentena até 17 de abril. Está certo, o melhor é prevenir.
Na UTI
O ex-secretário municipal José Eudes Januário está internado na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Maringá (HMM) com suspeita de coronavírus. Segundo pessoas próximas, ele precisou ser entubado e sedado, e o quadro é considerado grave, mas estável. Toda nossa torcida e orações pelo Eudes. Leia mais aqui.
Missa divertida
Segundo as recomendações para evitar aglomerações, muitos religiosos têm celebrado cultos e missas pela internet. É um alento para quem tem fé. E se a fé pode mover montanhas, como diz a Bíblia, por que não haveria de nos conformar nesta pandemia? E se a missa for divertida, melhor ainda. Foi o que ocorreu com o padre que esqueceu o filtro do Instagram ligado. Vejam:
Cestas básicas
A Associação dos Docentes da UEM (Aduem) está em campanha para arrecadação de materiais hospitalares para o Hospital Universitário de Maringá (HUM) e cestas básicas para famílias em vulnerabilidade social. A iniciativa surgiu no contexto da pandemia da Covid-19, em que diversas famílias estão financeiramente prejudicadas e sem ter o que comer nos próximos dias. Para mais informações sobre como doar e sobre a campanha, clique aqui.
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