25/02/2020
Por Luiz Fernando Cardoso*
Por Luiz Fernando Cardoso*
O INPC, índice que serve de referência para o reajuste dos servidores, fechou janeiro com inflação de 4,30% (no acumulado de 12 meses). No salário de alguém que ganhe R$ 2.000 isso representaria, por exemplo, um reajuste de R$ 86 – pouco mais que o preço de um botijão de gás de 13 kg.
O IPCA, indicador que reflete o custo de vida das famílias – sendo utilizado para medir a inflação dos alimentos, inclusive – fechou janeiro em 4,19%. As informações são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Note que a inflação dos "produtos e alimentos" ficou um pouco abaixo da inflação mais utilizada para recompor os salários. Contudo, alguém acredita mesmo que esses R$ 86 (do exemplo) restituem o poder de compra do trabalhador? O gás, os combustíveis, a carne, o plano de saúde... subiram apenas isso?
Tanto na iniciativa privada como no funcionalismo público é importante que os salários não sofram redução em seu poder de compra. Quando isso ocorre, as famílias passam a consumir menos, focando nos itens essenciais, gastando praticamente toda a renda em alimentação.
Corta-se o plano de saúde, o jantar fora de casa, a compra de um novo tênis, o passeio no shopping, a matrícula na academia, o curso de inglês, a escola particular dos filhos, o cinema, a cerveja no happy hour de sexta etc. Com a perda do poder de compra, toda a economia baseada nos salários dos trabalhadores perde, e muito!
* Editor do Café, Luiz Fernando Cardoso é graduado em Jornalismo e Máster em Jornalismo Digital
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